Anestesia em Pediatria
Anestesia para Pediatria
Anestesia e seus riscos
A Anestesiologia é uma das especialidades médicas que mais se desenvolveu nos últimos anos, tanto pelo avanço tecnológico dos aparelhos utilizados quanto pelo surgimento de novas medicações anestésicas. Podemos dizer, hoje, que a anestesia é um procedimento médico seguro.
Evidentemente, como em qualquer procedimento médico, ainda que raramente, complicações podem acontecer.
Mas não se preocupe! O médico anestesista permanece todo o tempo da cirurgia ao lado do paciente, e é o profissional capacitado para atender prontamente a qualquer eventual imprevisto.
Ter uma boa conversa com o médico anestesiologista antes da cirurgia e seguir suas orientações minimizam ainda mais os riscos.
Jejum
No início da anestesia existe o risco de a criança regurgitar e aspirar esse conteúdo para os pulmões, o que pode ocasionar problemas respiratórios graves. No paciente em jejum, esse risco é minimizado, pois damos tempo para o estômago esvaziar-se naturalmente.
É também importante que a criança não permaneça por um período de jejum muito maior que o estabelecido, evitando assim desidratação, irritabilidade e queda dos níveis de açúcar no sangue.
Por isso, obedecer o tempo de jejum estipulado é muito importante para a segurança do paciente.
A recomendação atual da Sociedade Americana de Anestesiologia para o tempo mínimo de jejum pré-operatório encontra-se na tabela a seguir. Esses períodos podem ser maiores, a depender de algumas condições de saúde dos pacientes.
Tempo de Jejum | Tipo de alimento |
2 horas | líquidos claros, sem resíduos (água, chá, gelatina, suco à base de água e sem polpa) |
4 horas | leite materno |
6 horas | refeições leves (torradas sem recheio), leite não-humano, fórmulas lácteas |
8 horas | alimentação em geral |
Ansiedade, medicação pré-anestésica e presença dos pais
Quando indicado, antes de entrar no centro cirúrgico, a criança receberá uma medicação sedativa (xarope), para deixá-la calma e sonolenta.
Alguns hospitais permitem que um acompanhante entre com a criança na sala de cirurgia e permaneça ao seu lado até que adormeça.
Lembre-se sempre que a criança pode, involuntariamente, absorver a ansiedade e angústia dos pais. Portanto, é extremamente importante que ela não seja enganada, mas que lhe seja transmitida tranquilidade, segurança e confiança.
A anestesia na criança
A forma mais comum de se iniciar a anestesia em crianças é pela via inalatória. Através de uma máscara a criança respira gases anestésicos até adormecer. Só então será puncionada uma veia para aplicação de soro e outras medicações.
Crianças maiores muitas vezes permitem que se inicie diretamente com a anestesia via endovenosa, como em adultos.
É comum que, após a criança adormecer, seja feita também outra anestesia local ou peridural. Isso ajuda, de forma segura, a ter o despertar e o pós-operatório mais tranquilos.
Uma preocupação frequente é quanto ao desenvolvimento de alergias. A ocorrência de reações graves é rara e o anestesiologista estará pronto para intervir assim que diagnosticada.
O pós-operatório
Assim que acordar, a criança será levada à sala de recuperação da anestesia, ainda dentro do centro cirúrgico, onde poderá ficar na companhia de um dos pais. Eventualmente, qualquer sintoma que apareça, como dor, agitação, náusea ou vômito será controlado antes da alta. Algum grau de sonolência no decorrer do dia da cirurgia é normal.
Medicações serão prescritas para prevenir dor, náusea e vômitos no período pós-operatório.
O momento de alta hospitalar geralmente é combinado previamente entre a equipe médica e familiares, sendo dependente de diversos fatores, como tipo de procedimento, condição de saúde do paciente e evolução intra e pós-operatória.